Maior controle da movimentação dos dentes e menos tempo de tratamento, além de baixo custo, são as vantagens da ancoragem ortodôntica com mini-implantes, um dos maiores avanços da ortodontia contemporânea.
Os mini-implantes ortodônticos ou Dispositivo de Ancoragem Temporária (DAT), surgiram em 1997 como uma alternativa eficaz para as diversas formas de ancoragem descritas na literatura que, apesar de eficientes, permitem certo grau de movimentação da unidade de ancoragem ou são dependentes da colaboração do paciente.
Novidades tecnológicas e a busca pela estética perfeita do sorriso fazem parte da realidade atual da Ortodontia e Ortopedia Facial que promove o bem-estar e devolve a autoestima do paciente por meio do tratamento de reabilitação facial.
O uso de bráquetes, arcos, elásticos e anéis formam uma estrutura na boca do paciente que contribui para o alinhamento dos dentes, garantindo um tratamento eficaz e de sucesso. Em alguns casos, esses itens podem contar também com a ajuda de mini-implantes.
O mini-implante ortodôntico foi criado para oferecer mais conforto no tratamento do paciente, visto que seu tamanho foi reduzido e adquiriu mais resistência à força horizontal tornando a combinação ideal para a mecânica ortodôntica.
O trabalho em conjunto dos ortodontistas e implantodontistas viabilizou a utilização do método eliminando efeitos colaterais e reduzindo o tempo de tratamento. Este é mais um passo da área para quem busca conforto e a beleza do sorriso.
O que é ancoragem ortodôntica?
Relativamente nova na área odontológica, a ancoragem ortodôntica é um tratamento que usa um ponto fixo na boca para facilitar a movimentação de outros dentes. Geralmente, o especialista instala quatro placas fixadas na base dos ossos do maxilar e da mandíbula que fazem o papel de uma alavanca, remodelando a estrutura óssea.
Antigamente, este tipo de procedimento para correção da desarmonia oclusal, classificada em vários tipos, dos mais graves aos mais simples, entre outros problemas como mordida cruzada, arcada pequena e perda óssea, era possível apenas por meio de cirurgia.
Já, atualmente, os profissionais contam com diferentes formas e locais de instalação, bem como dispositivos que englobam a terminologia DATs que podem ser miniplacas, miniparafusos e demais variações com o objetivo de promover ancoragem ortodôntica de forma temporária, sendo removidos, após terapia.
A chegada ao mercado de opções de fixação interna rígida como as placas e parafusos de titânio para a correção das fraturas e mais recentemente com o crescimento do uso de implantes dentários de titânio, chegou-se ao consenso de que o titânio é um material que reúne quase todas as características biológicas indispensáveis para a biossegurança aos tecidos moles e duros do complexo maxilofacial.
Para que serve a ancoragem ortodôntica?
Considerado um avanço no conceito odontológico de movimentação dentária, a ancoragem ortodôntica permite que o dentista tenha mais precisão do resultado, sem que ele dependa da força do paciente e sem comprometer a estética do sorriso.
Desta forma, além de um custo menor, o profissional consegue chegar ao resultado final em menor prazo, normalmente, cerca de dez meses de tratamento são suficientes para o término do tratamento.
As principais aplicações clínicas dos mini-implantes acontecem nas seguintes situações: fechamento de espaço (retração de dentes anteriores, perda de ancoragem); distalização de molares; verticalização de molares; intrusão (dentes posteriores e anteriores); nivelamento de plano oclusal e tracionamento de dentes retidos e como implantes provisórios.
A técnica de inserção dos mini-implantes ortodônticos é bastante simples. Sob anestesia local, seleciona-se o local de seleção dos implantes, geralmente entre as raízes dos dentes envolvidos, tanto na mandíbula, mas especialmente na maxila. Faz-se uma pequena incisão no local e insere-se o mini-implante, manualmente ou com uso de brocas. Quase sempre não são necessárias suturas, já que a incisão é mínima e a recuperação é indolor e rápida.
Ou seja, o custo-benefício deste tipo de tratamento é vantajoso em diversos aspectos, principalmente, no quesito perda de tempo. Os ortodontistas não ficam corrigindo movimento de dentes que não gostariam.
A saúde bucal e a parte psicológica do paciente só tendem a ganhar com a ancoragem ortodôntica, pois recebem menos pressão sobre as raízes e os dentistas utilizam menos aparato, contribuindo também para a higiene oral adequada.
Para utilizar o mini implante existe algumas restrições: o paciente não pode ter distúrbios metabólicos (como diabetes juvenil), distúrbios hematológicos ou distúrbios ósseos. A técnica não é indicada para as futuras mamães também, além da falta de espaço entre as raízes ou até mesmo uma higiene deficiente que impossibilitam a instalação do procedimento.
Qual a ação do mini-implante no tratamento ortodôntico?
Um dos grandes aliados dos dentistas, os mini-implantes são colocados na boca do paciente para distribuir a força ortodôntica e promover o alinhamento e harmonia do sorriso, além de corrigir eventuais problemas de oclusão dentária.
Assim, com a técnica os dentes respondem à ação de força exercida pelo ortodontista anulando qualquer problema que impeça o sucesso do tratamento ou que ocasione estresse do paciente.
Os tratamentos com mini implantes – micro parafusos de titânio que são colocados entre as raízes dos dentes – servem para casos em que o paciente apresenta mordida cruzada, necessidade de se criar espaços entre os molares e intrusão (quando o dente precisa ser puxado de encontro a gengiva), entre outros.
Com o passar do tempo, a medida em que a técnica foi avançando, novos modelos de mini-implantes foram chegando ao mercado. Atualmente, os profissionais podem contar com peças que ficam com a “cabeça” à mostra, ou seja, o bráquete fica exposto para que o elástico seja preso nele.
O tamanho reduzido desses parafusos e sua colocação e remoção fácil, que precisa apenas de uma anestesia local e uma pequena incisão na gengiva feita no próprio consultório, fazem desse procedimento algo simples e inovador no mundo da ortodontia.
Quais são os benefícios da ancoragem ortodôntica?
A redução no tempo de tratamento promovida pela ancoragem ortodôntica contribui também para problemas periodontais e cáries, uma vez que o uso dos aparelhos dificulta a higiene bucal em pacientes que não fazem uma escovação adequada.
A eficácia da mecânica empregada e a possibilidade de movimentações dentárias de maior complexidade sem o uso da força do paciente também são características vantajosas no uso desta técnica.
Esses parafusos, utilizados durante a ancoragem, substituem com mais eficiência e agilidade aqueles antigos aparelhos extra-bucais que tinham uma haste metálica na frente e um elástico preso na nuca. Os mini-implantes ligam diretamente um dente ao osso.
Quanto tempo dura o tratamento com ancoragem ortodôntica?
O tratamento ortodôntico com mini-implantes é muito mais rápido que o convencional, pois o profissional não corre o risco de o paciente exercer uma força contrária a aplicada por ele por meio do aparelho ortodôntico e seus acessórios.
A redução do tempo de tratamento com a ancoragem ortodôntica é uma das maiores vantagens, entretanto, é variada, dependendo do tipo de má oclusão do paciente. Em média, é possível afirmar que com dez meses deste tipo de tratamento o ortodontista já consiga visualizar um resultado benéfico.
A retenção do mini-implante é basicamente mecânica e temporária, com a função de servir apenas como unidade de ancoragem estável para forças de pequena intensidade. Diferente dos implantes dentários osseointegráveis que quando inseridos na mandíbula, maxila ou zigoma são submetidos a forças da arcada superior e apresentam integração com o tecido ósseo.
As possibilidades de uso dos mini-implantes são inúmeras. O planejamento da posição em que serão instalados também é um assunto primordial para se obter os vetores de força desejados.
Cuidados com ancoragem ortodôntica
Uma das técnicas mais utilizadas, a ancoragem ortodôntica tem sido fundamental para o sucesso no tratamento e solução da oclusão dentária. Este tratamento também dispensa a colaboração do paciente e evita que ele faça força contrária à desejada pelo profissional.
Entretanto, o ortodontista deve ter cuidado ao aplicar a técnica, pois a instalação inadequada pode levar à perda da estabilidade e, assim, a ancoragem, decorrente de fatores ligados ao paciente quando são usados dispositivos extraorais.
Entre os fatores complicadores do uso desta técnica, estão pequenas aftas que podem surgir pelo contato da mucosa com a cabeça dos mini-implantes, quando não causadas pela predisposição genética.
O ortodontista ainda deve se atentar ao cuidado com a ocorrência de edema da pele e mucosa, quando o ar penetra na submucosa e resulta na distensão dos tecidos moles,
Assim, o cirurgião-dentista deve ter cautela ao utilizar mini-implantes auto-rosqueáveis, principalmente no momento da pré-perfuração, empregando velocidade lenta sob baixa pressão rotativa e evitando o uso de seringa de ar-água para controle da hemorragia e da saliva.
O trabalho acadêmico do aluno Luis Fabiano de Oliveira Brito, apresentado à Facsete, de Sete Lagoas, para conclusão do curso de Ortodontia, em 2018, relatou uma pesquisa realizada online por 47 ortodontistas de 5 estados norte-americanos sobre as complicações no uso da técnica.
No estudo os profissionais verificaram as complicações biológicas, mecânicas ou iatrogênicas decorrentes do uso de mini-implantes como ancoragem ortodôntica mais comumente relatadas: afrouxamento do parafuso (76%) e crescimento excessivo ou irritação dos tecidos moles (69%) e irritação causada pelas molas auxiliares (67%).
O efeito colateral mais citado foi a rotação ou inclinação excessiva de pelo menos um dente (32%). A extrusão ou intrusão excessiva dos dentes (7%) e a reabsorção radicular (7%) foram os efeitos menos encontrados.
Por outro lado, o paciente que recebe esse tipo de tratamento também tem sua parcela de responsabilidade no resultado final. Apesar de apresentar pouco risco na instalação, é primordial que o paciente mantenha uma boa higiene do local.
A falta de uma higienização completa e adequada acarreta em problemas de saúde bucal como levar o paciente ao quadro de mucosite, uma inflamação da mucosa e, consequentemente, à perda do dente.
Uma dica de ouro dos especialistas é o uso de uma escova unitufo que facilita a limpeza dos dentes, bem como seguir todos os procedimentos recomendados pelo dentista.
Como perder ancoragem em Ortodontia?
A perda da ancoragem na ortodontia é um assunto recorrente entre os profissionais, pois pode significar o resultado insatisfatório no tratamento do paciente uma vez que uma terapia ortodôntica bem-sucedida, na grande maioria das vezes, depende de planejamento criterioso da ancoragem – fator determinante quanto ao sucesso ou insucesso de muitos tratamentos.
O termo “controle da ancoragem” é utilizado para descrever as manobras utilizadas pelos profissionais para evitar a perda e a movimentação inadequada dos dentes e surtir efeito ineficaz no tratamento.
Os dentes, por si só, apresentam mecanismos através dos quais oferecem resistência ao movimento e, de acordo com o plano de tratamento, para assegurar o correto uso dos espaços advindos de possíveis extrações ou predisposição genética são necessários constantes ajustes dos dispositivos empregados.
O ortodontista deve verificar o progresso do tratamento, assim como a utilização de recursos efetivos de ancoragem e o monitoramento cuidadoso do fechamento dos espaços durante toda a mecanoterapia, a fim de assegurar um resultado final adequado.
Exemplo de Ancoragem ortodôntica
Arco lingual e barra transpalatina, botão de Nance, elásticos intermaxilares e aparelho extrabucal são exemplos de dispositivos utilizados na ancoragem ortodôntica. A retenção do mini-implante é basicamente mecânica e temporária, com a função de servir apenas como unidade de ancoragem estável para forças de pequena intensidade.
A seleção do diâmetro e comprimento ideais dos materiais a serem utilizados dependerá da avaliação individualizada do paciente, norteando-se pela disponibilidade óssea presente, densidade óssea no local da instalação, estabilidade primária alcançada, demanda ortodôntica presente e preservação da integridade das estruturas anatômicas.
Após o planejamento com definição do tamanho do parafuso e eleição do local de instalação, uma consulta deve ser programada para avaliação das condições periodontais e de higiene bucal do paciente, fatores complementares para a tomada de decisão desse tipo de tratamento.
Conclusão
Ao longo dos anos a odontologia sofreu avanços consideráveis no que diz respeito à aplicação de novas tecnologias e a adoção de protocolos para tratamentos bucais em geral, principalmente, na ortodontia áreas do mesmo segmento.
Atualmente, o planejamento em reabilitação oral é muito diferente do que era há 20 ou 30 anos. Os tratamentos permitiram mais sucesso nos resultados e evitaram perdas dentárias ou tratamentos que provocam dores intensas nos pacientes.
Sendo assim, na ortodontia a ancoragem possibilitou a liberação de força leve e constante revolucionando a maneira de tratar os mais variados tipos de más oclusões, bem como a popularização dos mini-implantes com dispositivos que possibilitam também a redução do custo de tratamento.
Portanto, a utilização da ancoragem na ortodontia, como coadjuvante nos tratamentos, tem demonstrado facilidade dos pacientes na adaptação clínica, principalmente no que tange ao uso dos mini-implantes.
Estes aparatos surgem como alternativa para os casos em que a movimentação dentária é o fator principal para o sucesso no tratamento e possibilitam também a diminuição no tempo de tratamento.
Diante de tantas vantagens, faz-se necessário uma avaliação preliminar para a determinação do plano de tratamento, visando definir o tipo de movimento desejado, a quantidade e os locais para a instalação dos DATs. Em seguida, o profissional deve fazer um estudo criterioso, analisando radiografias panorâmica, para investigar a disponibilidade óssea para a instalação dos mini-implantes.
Como todo e qualquer tratamento dentário, o paciente deve contar com a qualificação e registro nos órgãos reguladores da odontologia para ter a garantia de um tratamento eficaz e um sorriso harmônico e equilibrado, de acordo com o biotipo e as necessidade de cada um.
Para uma avaliação completa e o tratamento eficaz, entre em contato com a OrtoEto Ortodontia Estética.